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A vida intelectual

#book

#self-improvement

Cap 1

A vida intelectual é uma consagração

Dar tudo pelo conhecimento

2 horas por dia

A vocação intelectual é escrita no nosso instinto

São tomás disse em Paris al seu irmão que daria tudo para ver o comentário de crisostomo ao evangelho de Matheus

Cap 2 - O intelectual não é um isolado

Não ficar preso no individualismo

A solidão vivifica tanto quanto o isolamento paralisa e esteriliza

De tanto ser uma alma, acaba-se por deixar de ser um homem, diria Victor Hugo. O isolamento é inumano; pois trabalhar humanamente é trabalhar com o sentimento do homem, suas necessidades, suas grandezas, solidariedade que nos une numa vida intimamente partilhada.

Cap 3 - O INTELECTUAL PERTENCE A SEU TEMPO

Especialização, verdade que se perdeu no tempo, o próprio tempo e o tempo que se passa agora, o passado já se foi mas ele pede que seja plantado e regulado.

Virtude própria ao intelecto

Ir pelas beiradas

Saber seu limite

Usar Deus como guia

Estudiosidade, virtude, temperança moderadora

Vício da curiosidade vá

3 - Espírito de oração

O estudo sempre irá contemplar o transcendental

Sempre orar

Objetos particulares apontam para o real que estão no transcendente

Cada verdade é um fragmento que expõe por todos os lados suas amarras; a Verdade em si mesma é una, e a Verdade é Deus.

Para a alma em pleno despertar, toda verdade é, pois, um ponto de encontro; o Pensamento soberano solicita a presença do nosso: deixaremos de comparecer ao sublime encontro?

A vida do real não se encontra por inteiro naquilo que se vê, naquilo que se analisa pela ciência. O real tem uma vida oculta, como Jesus, e essa vida é também uma vida em Deus; é como uma vida de Deus; é uma revelação de sua sabedoria pelas leis, de seu poder pelos efeitos, de sua bondade pelos proveitos, de sua tendência à propagação pelos intercâmbios e pelo crescimento: convém venerar e amar essa espécie de encarnação pelo próprio contato com Aquele que se encarna. Destacar esse “corpo de Deus” de seu Espírito é dele abusar, como é abusar do Cristo ver nele unicamente o homem.

A encarnação do Cristo resulta na comunhão, na qual não se dissociam o corpo, o sangue, a alma e a divindade do Salvador: a quase encarnação de Deus no ser, da Verdade eterna em cada caso do verdadeiro, deve resultar também num êxtase celeste, em lugar de nossas buscas distraídas e de nossas admirações banais.

Estudo da eternidade

4 - Disciplina do corpo

Corpo e alma devem estar sintonizados

Higiene

Exercício

Natureza

Assim como nenhuma ciência particular basta a si mesma, assim também o conjunto das ciências não basta a si mesmo sem a rainha das ciências: a filosofia, nem o conjunto dos conhecimentos humanos sem a sabedoria proveniente da própria ciência divina: a teologia.

Ninguém, por mais sábio que seja, deve rejeitar a doutrina de um outro, por pequeno que ele seja - Santo tomás

“Não olhes de quem tu ouves as coisas, mas tudo o que se disser de bom, confia-o à tua memória” - Santo tomás

O que importa num pensamento não é sua proveniência, são suas dimensões; o que é interessante no próprio gênio não é nem Aristóteles, nem Leibniz, nem Bossuet, nem Pascal, é a verdade. Quanto mais preciosa for uma ideia, menos importância tem saber de onde ela provém. Elevem-se à indiferença para com as fontes. A verdade, e só ela, tem direito, e ela tem direito onde quer que ela apareça. Da mesma forma que não se deve tornar-se vassalo de ninguém, deve-se ainda menos desprezar quem quer que seja, e se não é cabível “crer em todos”, não se deve tampouco recusar-se a acreditar em seja quem for, contanto que apresente suas credenciais.

QUATRO ESPÉCIES DE LEITURA

Para ser um pouco mais preciso, eu distingo quatro espécies de leitura. Lê-se para ter uma formação e ser alguém; lê-se em vista de uma tarefa; lê-se como treinamento para o trabalho e para o bem; lê-se por ser uma distração. Há leituras fundamentais, leituras ocasionais, leituras de treinamento ou edificantes, leituras relaxantes.

Se forem literatos, os senhores, será que não apreciam o benefício de terem atrás de si Homero, Sófocles, Virgílio, Dante, Shakespeare, Corneille, Racine, La Fontaine, Pascal? Se forem filósofos, será que abririam mão de Sócrates, Platão, Aristóteles, Santo Tomás de Aquino, Descartes, Leibniz, Kant, Maine de Biran, Bergson? Sendo cientistas, então não saberiam o que devem a Arquimedes, Euclides, Aristóteles novamente, Galileu, Kepler, Lavoisier, Darwin, Claude Bernard, Pasteur? Enquanto homens religiosos, pensem no empobrecimento de todas as almas se elas não tivessem tido, depois de São Paulo, Santo Agostinho, São Bernardo, São Boaventura, o autor de A Imitação, Santa Catarina de Sena, Santa Teresa, Bossuet, São Francisco de Sales, Newman.

Memória:

Santo Tomás propõe quatro regras: 1ª ordenar o que se quer reter; 2ª nisso investir profundamente o espírito; 3ª sobre isso meditar frequentemente; 4ª quando se quiser rememorá-lo, tomar a cadeia de dependências por uma extremidade, a qual acarretará todo o restante.

Para resumir, o que importa à memória não é tanto a quantidade de suas aquisições e sim primeiramente sua qualidade, em segundo lugar sua ordenação e por fim a habilidade para sua manipulação. Os materiais não são o que falta ao pensamento, é o pensamento que lhes faz falta. Aprender não é nada sem assimilação inteligente, penetração, encadeamento, unidade progressiva de uma alma rica e organizada.